quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


É importante a preservação da voz para mante-la sempre apta a ser usada, principalmente para aqueles que a tem como instrumento de trabalho.
Decorrente da prática do cantor (ou professor), é comum problemas como rouquidão, laringite, falta de ar para pronunciar as palavras, respiração inadequada, rapidez ao falar, palavras mal pronunciadas, uso de som forte com esforço físico, ambientes empoeirados, giz entre outros.
Os cuidados apresentados a seguir foram pensados de forma que o cantor ou o professor possa preservar a sua voz e conscientizar-se da importância de sua manutenção, assim como da disciplina que deve ter ao praticar tais exercícios.
  • Evitar o fumo, droga ou álcool;
  • Alimentação balanceada;
  • Evitar o cansaço físico e mental, compensar com a prática regular de exercícios de relaxamento;
  • Evitar contato com substâncias alérgicas ou ambientes empoeirados e poluídos; o giz em particular;
  • Evitar falar em ambientes ruidosos ou ao ar livre;
  • Umedecer a mucosa da faringe preferencialmente com água, ou com a própria saliva, caso não seja possível ingerir água, durante urna aula, por exemplo;
  • Dias de clima seco, ingerir maior quantidade de água, durante o dia todo.
  • Evitar mudanças bruscas de temperatura interna (ingestão sucessiva de alimentos quentes e muito gelados), ou mesmo externa, principalmente quando ao ar livre ou em ambientes aquecidos ou resfriados artificialmente;
  • Em vigência de qualquer infeção nas vias aéreas superiores, não mudar a voz para torná-la mais eufônica;
  • Falar sempre na região tonal ótima;
  • Evitar pigarrear ou tossir. Engolir sempre;
  • A respiração deve ser de pouca entrada de ar, pois compromete a postura;
  • Cultivar o repouso vocal, após, e mesmo antes de uma aula, ou um dia de várias aulas;
  • Manter uma postura relaxada ao falar ou cantar;
  • Manter a higiene bocal;
  • Cuidado com os "conselhos milagrosos" de terapia caseira, tais corno: goles de conhaque para esquentar a voz, mascar gengibre, o que é pouco recomendável, chá, café, cigarro, pastilhas entre outros. Uma eventual cura ou melhora com estes métodos está ligado á cura psicológica de auto-sugestão;
  • Alterações hormonais. Durante o período pré-menstrual; costuma aparecer uma disfonia (alteração da voz), o mesmo se dando durante a gravidez e a puberdade;
  • A rouquidão, talvez o problema mais freqüente, é sempre um motivo de alerta, pois indo de uma simples irritação momentânea da mucosa laríngea, passando por calos nas pregas vocais. ulcerações ou ainda coisas mais graves, como um câncer laríngeo. Por isso, a mesma deve ser investida o mais rápido possível, para evitar qualquer tipo de prejuízo vocal
Todos esses cuidados são tidos como básicos para o profissional que trabalha excessivamente com a voz que deve estar sempre bem cuidada, mas não deixar que isso se torne motivo de preocupação exagerada.

Sep 14, '08 12:59 AM
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história do canto coral
 
O Coro é o mais antigo entre os grandes agentes sonoros coletivos. Antigos documentos do Egito e Mesopotâmia revelam-nos a existência de uma prática coral ligada aos cultos religiosos e às danças sagradas. 
O termo Chóros possui um sentido bastante amplo e com o decorrer da história passou por diversos significados. Em sua origem grega, Chóros, representava um conjunto de aspectos que, somados, iam ao encontro do ideal do antigo drama grego de Ésquilo, Sófocles, e Eurípedes. O conjunto consistia em Poesia, Canto e Dança. 
O Cristianismo antigo o adotou com outros sentidos, passando para o termo latino Chorus que significava o grupo da comunidade que canta ou a abside (recinto poligonal em que termina o Coro da igreja) junto ao altar, separada da comunidade pelas cancelas e mais tarde também denominada o lugar onde se coloca o órgão.
A estrutura a mais vozes, porém deve ser distinguida sob dois diferentes aspectos, isto é, sob o ponto de vista de procedência e sob o ponto de vista de objetivo. O Cantus-Planus, como representante do canto monódico, mesmo sendo executado por um Coro e a música Figuralis, como representante do canto a mais vozes que mais tarde, assume uma técnica mais rebuscada e artística. 
O elo que une os dois é que o primeiro serviu de ponto de partida, de fundamento para o segundo, isto mais ou menos pelos séculos VII e VIII, quando surgiu uma polifonia “aparente” com o organum, executado em quintas paralelas, tendo por base o Choral que se impôs como Cantus Firmus
Somente no século XI é que o sentido polifônico assumiu uma característica mais independente, mais polifonia real, que apesar de dos ritmos semelhantes ousava enfeitar o Cantus Firmus. Surge então o Cantus Floridus, que quebrou a monotonia, assumindo papel mais independente, inclusive ritmicamente. Iniciava-se o Contraponto.
Desse modo, realizou-se no século XII a primeira reforma coral. 
Com uma estrutura a três vozes o coral atingiu seu apogeu no século XIII principalmente na Escola Parisiense de Notre-Dame. Com o desenvolvimento da técnica coral novas formas apareceram, onde se estabeleceu a tão comum estrutura a quatro vozes.
Apareceram três formas corais distintas: O Conductus, que possuía forma mais festiva; o Rondellus, uma espécie de cantiga de roda; e o Motetus, que das três era que possuía maior originalidade e consequentemente foi a que mais se desenvolveu. 
Mais tarde, já no século XIV com Guilamume de Machaut, aparece a Missa, onde eram catadas as principais partes da missa católica - Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus com Benedictus, Agnus Dei.

Sep 14, '08 1:05 AM
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na grécia
Na antiga Grécia o coral já é uma organização perfeitamente estabelecida e a ele é dado a maior importância em todas as funções sociais. Deixa de ter caráter exclusivamente religioso e passa a fazer parte de festas populares e orgias pomposas. Tem vida própria e passa a ser considerado como uma das mais elevadas expressões do ser humano. Segundo os historiadores, a lírica coral recebeu um grande impulso de Stesicoro, de Meauro, também conhecido como Tisias e a ele se deve a origem do coro. A Arion se atribui a criação do dethyrambo coral artístico, do qual se originou a tragédia. O coro era chamado de circular porque evoluía em torno da estátua de Dioniso. Em Athenas o recrutamento, vestuário e instrução de um coro era um serviço público imposto pelo estado a todos os cidadãos que tivessem condições para mantê-lo. A música cantada ocidental, foi primeiramente sistematizada pelo Papa Gregório I (590 - 604) e batizada com o nome de "Canto Gregoriano". A característica do canto gregoriano ou cantochão é a sua riqueza melódica e a ausência de polifonia. É cantado uma única melodia em uníssono e tem o ritmo livre, adaptando-se fielmente aos textos litúrgicos.
em roma
Os romanos eram um povo que estava ligado diretamente às guerras e as conquistas. Não inventaram nenhum instrumento, limitando-se a copiar tudo o que havia encontrado em suas conquistas. Tinham preferência pela flauta utilizada em solenes tiros divinos, bem como nas suas orgias - longínquos precursores do Carnaval. Sua cultura artística foi introduzida pelos escravos trazidos de suas inúmeras batalhas. Foram instruídos pelos gregos e adotaram os princípios da estética. Em 336 a.C. apareceu pela primeira vez em Roma as Pantominas Etruscas, sucessoras do teatro grego nos quais comum era a música. Aos poucos o teatro romano adquiriu um caráter mais satírico e popular. O Coro era de grande importância na tragédia latina.
o coro cristão
Nasceu nas catacumbas de Roma sob o nome de "Cantochão" (cantus planus). Como sempre da necessidade de unir esforços, que os partidários da nova doutrina entoavam à divindade, pedindo auxílio para a sua causa, e coragem para a luta sem tréguas onde o ideal cristão haveria de vencer. Os primeiros cristãos não conheciam uma melodia capaz de expressar a pureza de seus sentimentos, nem tão pouco um som que se prestasse às suas preces. Em 54 d.C., o apóstolo Pedro chegou a Roma, trazendo do Extremo Oriente estranhas melodias de triste beleza e casto entusiasmo. Essas melodias estavam estritamente ligadas aos cânticos sagrados dos judeus e seu espírito penetrou de vez nas antigas melodias. Somente quando o Imperador Romano Constantino se converteu ao catolicismo, a música cristã conquistou sua liberdade.
coral protestante
Lutero (1483 - 1545), era frade agostiniano devoto de Santa Ana. Rebelou-se contra a ostentação do luxo e as indulgências na igreja católica . Em seu livro “Liberdade Cristã” publicou suas 95 teses que provocou a revolução religiosa. Lutero era músico e percebeu que através dela poderia organizar e propagar em toda Alemanha melodias populares e o canto gregoriano com o repertório da língua alemã, com o objetivo de que os fiéis entendessem o que estava sendo cantado e compreender bem o que dizia. Sua primeira coletânea apareceu em 1524 "Enchiridion" correu o mundo criando novos adeptos a sua doutrina. 

Blog EntrySep 14, '08 1:10 AM
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o concílio de trento (1545 - 1563)
O Concílio de Trento foi convocado pelo Papa Paulo III. Era uma reunião de legados papais, bispos e teólogos realizada pela Igreja Católica. Dentre as diversas medidas e posturas tomadas para combater o protestantismo, o Concílio inicialmente proibia a música polifônica na igreja, pois a polifonia confundia os fiéis e os textos litúrgicos estavam passando para segundo plano. Mas graças a genialidade de Alessandro Palestrina na sua composição "Missa Papae Marcelli", dedicada à sua Santidade, seu protetor. Somente a música profana que foi banida da igreja católica. Conta a lenda que numa noite os anjos desceram do céu ao seu quarto, situado no sótão de um dos prédios mais altos de Roma, perto da Catedral de São Pedro, e entoaram uma maravilhosa polifonia. Palestrina, com as mãos trêmulas, simplesmente se limitou em transcrever o que escutava.
Somente a partir do Séc. XV é que o Coro começa assumir a estrutura que é adotada atualmente. Evidentemente, esta estrutura tem suas raízes e práticas nos tempos que a precederam. A prática antiga já estabelecia que qualquer agrupamento, por menor que fosse, tinha que ser conduzido em unidade por alguém que mantivesse e guardasse essa unidade. Isso já era constatado desde o “Chóregos” grego com sua responsabilidade de condução, passando pelo “Magister” na igreja da baixa Idade Média. O desenvolvimento processa-se com uma série de mudanças e reformas. Em 1324 aparece o cânone “Summer is incumen in” na Inglaterra. Era uma sonoridade estranha para os padrões da época, mas que contribuiu de maneira decisiva para o desenvolvimento posterior do coro. Em 1330 aparece pela primeira vez uma missa completa a mais vozes - “Missa de Tournais” e a missa de Machaut de 1364.
A prática coral foi cada vez mais se desenvolvendo e se desligando do Clero. Irmandades foram surgindo no sentindo de dedicar-se a música. Inicialmente, somente a música sacra era permitida, mas aos poucos a música profana começou a fazer parte. Para essas irmandades, o importante não era somente cantar, mas também de estudar. Estabeleceram-se escolas de canto e os grupos eram formados por “Dormitoriales” - que dormiam nas escolas e que também eram responsáveis pelos serviços da igreja, e por grupos externos de amadores.
Os Coros de escolas também assumiam compromissos com o canto coral e figural. A expressão máxima da forma coral é atingida no alto Barroco com J.S.Bach e Haendel. A “Paixão” e a “Cantata”, são juntamente com o “Oratório”, os gêneros mais cultivados. A função do coro não era mais exclusivamente litúrgica, encontrando-se bem afastada de sua origem. A partir dessa época criam-se associações de canto e outras agremiações congêneres que visavam a prática do canto coral, agoira no terreno profano. A partir daí inúmeras escolas, fundações, conservatórios, são fundados visando a restauração e renovação da prática coral.
No Séc. XIX, o canto coral passa a ser disciplina obrigatória nas escolas de Paris. Nessa mesma época surge a idéia dos Festivais de Música. A prática coral assumia agora, um caráter e compromisso mais social. O Séc. XX aprimora certas práticas e tenta voltar às origens de cada estilo, procurando através da pesquisa, não falsear o espírito da época em que a obra foi criada. Cada obra de arte é um espelho de sua época.
Antes de encerrarmos o capítulo sobre a história do canto coral, é importante ressaltar que em épocas passadas os Coros eram mantidos e estimulados pelos Reis, pelo Clero e pelas pessoas mais abastadas. Este apoio visava manter os grupos de música para as festividades locais e para disseminar a doutrina religiosa, atrair e integrar os fiéis às igrejas. Também foi o elemento principal do acervo musical presente em nossos dias. A Igreja foi responsável pela conservação e divulgação da música erudita através dos tempos.
Voz Humana -
Um Meio Para a Conve
rsão de Almas

A música é de origem celeste. 
Há grande poder nela.
Foi a música da multidão angelical
que comoveu o
 coração 
dos pastores nas planícies de Belém
e alcançou todo o mundo.
É na música que nossas orações sobem a Ele 
que é a personificação da pureza e
 harmonia.
Será com música e cânticos de vitória
que os remidos 
finalmente receberão
 a recompensa imortal. 

Há alguma coisa peculiarmente
sagrada na voz humana. 

Sua harmonia e sua influencia cativante e 
celestial excede todos os instrumentos musicais.
 

A música vocal é um dos dons de Deus ao homem, 
um instrumento que não pode ser sobrepujado 
ou igualado quanto o amor de 
Deus abunda na alma.
Cantar com o espírito e o entendimento é também 
uma grande contribuição aos serviços
devocionais na casa de Deus. 

Se santificado e refinado,realizará um grande bem,
removendo barreiras de preconceito
e comovendo corações 

endurecidos pela descrença,
sendo um meio 
para a convers
ão de almas.
Não é suficiente conhecer os rudimentos do canto;
porem, aliado ao conhecimento,
deve haver tal ligação com o Céu 

que anjos possam cantar através de nós.

Amém!

Texto Extraído do site do Autor,
Maestro Emanuel Martinez

* * *
Este meu livro de Regencia Coral. esta sendo adotado em diversas universidades brasileiras e em Portugal.
Em 2001 lancei meu livro de regencia intitulado

"REGENCIA CORAL: PRINCIPIOS BASICOS".

O livro visa dar subsidios aos maestros e preparadores vocais.
O livro de 222 paginas foi editado pela Editora Dom Bosco de Curitiba, rico em exemplos musicais e os temas sao abordados de forma pratica e simples.
Abaixo as principais tematicas do livro:

ORGANIZANDO UM CORO: os caminhos basicos organizacionais para diversos coros (igreja, empresa, independente);

ESCOLHENDO O REPERTÓRIO: os criterios e caminhos para escolher o repertorio adequado ao seu grupo;

ESTUDANDO UMA OBRA MUSICAL: como estudar, analisar o tecido musical e como desenvolver a capacidade de audiçao interna de uma partitura sem depender de instrumentos;

ESTILOS MUSICAIS: uma analise simples das diversas caracteri­sticas musicais do peri­odo que compreende 1400 ate nossos dias;

COMUNICAÇAO NÃO VERBAL DO REGENTE: os diversos codigos do gestual (compassos simples, compostos, irregulares, ataque, corte, fermata) e postura do regente;

TECNICAS DE ENSAIO: como organizar e fazer um ensaio;

O LOCAL DE TRABALHO: como escolher e resolver problemas do local destinado aos ensaios;

O CONCERTO: como escolher o melhor lugar, repertorio apropriado para cada situaçao e como resolver problemas especi­ficos como apresentaçoes ao ar livre;

DINAMICA DE GRUPO PARA CORAL: exerci­cios praticos de relaxamento, afinaçao e respiraçao, alem de exerci­cios de auto-conhecimento.

A VOZ: neste topico apresento, alem de varios exerci­cios de articulaçoes, tras artigos de conceituados profissionais na area de canto e voz:
* "Anatomia e fisiologia do sistema vocal" - escrito pela professora, atriz e cantora li­rica DENISE SARTORI;
* "A preparaçao vocal de um cantor" - escrito pelo professor e cantor lirico PEDRO GORIA;
* "O cantor e sua preciosa voz" - escrito pela professora e fonoaudiologa, especialista em voz cantada, ROSEMARI BRACK;

Para obter maiores informaçoes visite meu site:
www.emanuelmartinez.mus.br

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SEGUNDO LIVRO:

TECNICAS DE REGENCIA: aspectos praticos do gestual (no prelo)

Neste livro abordo as tecnicas do gestual:
1. marcaçao de compassos: todos os compassos simples, compostos e irregulares,
2. tecnicas da independencias das maos,
3. regencia dos tempos anacrusticos,
4. fermatas,
5. staccatto,
6. notas tenutas,
7. legato,
8. corte,
9. dinamica e
10.ataque.

Ja estou utilizando estes exerci­cios com meus alunos de regencia e poasso garantir que esta sendo muito bom, houve um grande crescimento de meus alunos a partir deste ano quando comecei a utilizar o livro.

Vale ressaltar que este livro e unico no Brasil e nao sei se sera um dos poucos do genero no mundo.

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LIVROS PUBLICADOS 

- Livro: REFLEXÕES: Composições (obras sacras para piano e órgão) - Editora VP, Rio de Janeiro (1986)
- Livro: REGÊNCIA CORAL: princípios básicos. Editora Dom Bosco, Curitiba (2000)
- Livro: TÉCNICAS DE REGÊNCIA: aspectos práticos do gestual. Curitiba - (no prelo),

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OUTRAS PUBLICAÇÕES

- CONCERTO: Aspectos históricos e genéricos. EMBAP, Curitiba (2000)
- SINFONIA CONCERTANTE. EMBAP, Curitiba (2000)
- ASPECTOS HISTÓRICOS E GENÉRICOS DA FORMA SINFONIA. EMBAP,
Curitiba (2000)
- POEMA SINFÔNICO: aspectos da linguagem. EMBAP, Curitiba (2001)
- ÓPERA: uma nova linguagem. EMBAP, Curitiba (2002)
- MÚSICA CORAL – sacra e profana. UNASP, S. Paulo (2006)

OBS: em breve estes textos estarão publicados em meu Blog, acompanhe os textos publicados.
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NA INTERNET
REGENCIA:
 http://tecnicasderegencia.blogspot.com/ 

PUBLICAÇÕES de música:
 http://martinezemanuel.blogspot.com/

REPERTÓRIO SINFÔNICO:
http://repertoriosinfonico.blogspot.com/ 

OBS: Se você tiver algum texto (de sua autoria ou de outros autores) de interesse comum, mande para mim, que eu publicarei na web. Caso o texto não seja de sua autoria, não esqueça de indicar o autor e a fonte de onde foi extraido.

Espero que gostem.

EMANUEL MARTINEZ
maestro e professor.

Texto extraído da página do autor:  Emanuel Martinez Maestro

TÉCNICA VOCAL - PARTE 01

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Dicas e Dúvidas iniciais para a função vocal.
Postura de Cantor
A postura é muito importante para o cantor, pois apesar de termos que ficar bem à vontade e descontraídos, temos também de observar alguns pontos importantes tais como:
• Pés paralelos na direção dos ombros
• Braços e ombros relaxados
• Coluna reta

Observando também que como utilizamos a respiração diafragmática, devemos deixar a região abdominal livre para que o diafragma funcione tranqüilamente.
Procurar seguir estes passos não significa que devamos ficar parados nesta posição para que tenhamos um bom resultado, mas ficarmos soltos, relaxados e principalmente nos sentirmos bem e à vontade quando estamos cantando, pois cantar tem que ser sempre prazeroso.
Podemos também cantar sentados observando a postura reta deixando o diafragma livre para funcionar bem.
Movimento das Pregas Vocais
As pregas vocais fazem o movimento abre-fecha, ou seja, quando estamos calados elas estão abertas (momento da respiração) e quando falamos ou cantamos elas se fecham (momento da fonação) infelizmente elas não fazem somente estes movimentos, mas também se chocam quando são submetidas a abusos vocais como: gritos, pigarreios e tosses excessivos, utilizar tons graves ou agudos demais, praticar esportes falando, competição sonora, etc… Estes choques podem prejudicar demasiadamente as pregas vocais.
Eu cuido bem da minha voz???

Responda as questões a seguir como uma forma de auto-avaliação sobre o cuidado que você tem com sua voz.

1. Você percebe se ao final de um dia de trabalho (ou apresentação) sua voz está mais fraca?
2. Você canta em diversos tons?
3. Quando você canta, leciona ou fala em público, suas veias ou músculos do pescoço saltam?
4. Você sente dores na região do pescoço?
5. Após cantar você sente dor de cabeça?
6. Quando você canta acompanhando um cd, por exemplo, você segue sempre o tom do cantor?
7. Você canta freqüentemente?
8. Você canta ou ensaia durante horas seguidas?
9. Você tem resfriados freqüentes?
10. Você fuma?
11. Você pigarreia muito?
12. Você tem alergia das vias respiratórias?
13. Você tem faringite, amigdalite ou laringite freqüentes?
14. Você se auto-medica quando tem problemas na voz? 15. Você tem dificuldades digestivas? (azia, úlcera, refluxo gastresofágico)
OBS:
• SE VOCÊ MARCOU MAIS QUE 4 ITENS FIQUE ATENTO E PROCURE TOMAR ALGUMA PROVIDENCIA NO SENTIDO DE MODIFICAR SEUS HÁBITOS.

• SE VOCÊ MARCOU MAIS DE 6 ITENS PROCURE UM ESPECIALISTA PARA QUE ELE AVALIE O ESTADO DE SUAS PREGAS VOCAIS, POIS COM ESTES SINTOMAS VOCÊ JÁ TEM QUE FICAR ATENTO PARA QUE NÃO OCORRA PROBLEMAS MAIORES FUTURAMENTE.
Quais as conseqüências que os abusos vocais podem me causar?
Estes abusos podem provocar alterações como:
o Calos vocais
o Nódulos
o Pólipos
o Edemas
o Fendas

Dentre outras alterações ocasionadas pelas constantes formas de abuso vocal.
Qual o primeiro passo a ser tomado para cuidar da minha voz?
A primeira providência a ser tomada é a consulta a um especialista, o OTORRINOLARINGOLOGISTA, que é o médico que poderá detectar se há ou não alguma alteração no seu aparelho fonador. A partir do diagnóstico feito pelo Otorrinolaringologista, se necessário o médico indicará o tratamento para a correção de tais alterações com outro especialista, o FONAUDIÓLOGO, que fará a correção destes problemas através de exercícios.
Que tipo de exame é feito para detectar alterações no meu aparelho fonador?
Um primeiro e importantíssimo exame a ser feito e que é rápido e indolor, é a LARINGOSCOPIA, que é o exame médico das cordas vocais. À partir deste exame se o médico julgar necessário, solicitará outros exames mais específicos.
Estes cuidados servem para todos ou apenas para os cantores?
“As normas de cuidados com a voz devem ser seguidas por todos, particularmente por aqueles que utilizam mais a voz ou que apresentam tendências a alterações vocais. Esses são chamados de Profissionais da Voz, ou seja, professores, atores, cantores, locutores, apresentadores, advogados, telefonistas, telemarketing, vendedores, palestristas, dentre outros. Entretanto muitos destes profissionais muitas vezes por falta de tempo para se dedicar ao cuidado de sua voz, podem estar cultivando um distúrbio vocal decorrente do abuso ou mal uso da voz”. 
(Dados obtidos em Teatro Evangélico.com.br)

Técnica vocal – parte 04

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A higiene vocal

Alguns cuidados são necessários para manter a voz em bom estado, principalmente para quem a usa profissionalmente:
O que evitar:
A fumaça quente do cigarro agride todo o sistema respiratório e, principalmente, as pregas vocais causando irritação, pigarro, tosse, edema, aumento de secreção e infecções; a fumaça agride diretamente a mucosa que protege as pregas, aumentando o muco e provocando pigarro, favorecendo irritação e alteração na voz.
O álcool causa irritação semelhante à produzida pelo cigarro; embora a pessoa que ingere álcool sinta-se mais solta, há uma leve anestesia na faringe, e pode-se abusar da voz sem que se perceba. Quando passa o efeito, pode-se sentir ardor, queimação e voz rouca e fraca.
As drogas inalatórias ou injetáveis tem ação direta sobre a laringe e a voz, podem alterar a mucosa e causar lesões no septo nasal.
Se você sofre de problemas nas vias respiratórias, evite umidade, mofo, poeira, agasalhos de lã, perfumes, inseticidas, desinfetantes, tintas frescas e tudo que possa desencadear suas crises.
Bebidas geladas ou quentes agridem o muco, se não dá para evitá-las deixe ums segundos na boca antes de engolir; café altera o sistema nervoso e agride o muco pelo calor; leite e chocolate aderem ao muco; balas, pastilhas e sprays podem mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando as mucosas.
Roupas apertadas na cintura e no pescoço impedem a livre movimentação do diafragma e da laringe. Pigarrear e tossir com frequência contribui para alterações nas pregas vocais, pelo atrito. Melhor inspirar e engolir a saliva, tomar água e fazer gargarejos para limpar a garganta.
Mudanças bruscas de temperatura e o ar condicionado favorecem alterações na mucosa.

- O que podemos fazer:

Tomar água na temperatura ambiente antes, durante e depois da apresentação, para repormos os sais perdidos pelo esforço e hidratarmos as pregas vocais.
A maçã é excelente para a voz, auxilia a limpeza da boca e da faringe; suco de laranja auxilia a absorção do excesso de secreção. No caso de garganta irritada, gargarejos de água morna com sal, meio copo para uma colher de café ou de água morna com tintura de própolis, meio copo para dez gotas ajudam bastante. Cristais de gengibre auxiliam, mas em excesso agridem.
Fazer relaxamento, alongamento e aquecimento do corpo e pregas vocais antes de cada apresentação, por quinze, vinte minutos ou meia hora, o mais próximo possível da hora de cantar.
Ingerir comidas protéicas e leves, como massas, que digerem rápido, ao menos uma hora e meia antes de cantar, temos alto gasto energético no palco, e precisamos dessa energia. Cantar de barriga vazia cansa e de barriga cheia atrapalha a movimentação do diafragma.
Dormir bem, pois a voz necessita de energia e do corpo descansado.
Caminhar e nadar são os melhores exercícios para quem canta e atua, pois trabalham de forma geral a musculatura e respiração. OBS: sentindo alterações na voz por período prolongado ou muita frequência, procure um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista.
C A N T A T A S



Escolher uma boa cantata é sempre uma tarefa difícil.

Muitas vezes, pequenas informações podem ser fatores diferenciais na produção.
Vale aqui algumas dicas:

1) Observe bem a viabilidade de materiais como:
songbook (versão piano e coro pelo menos!),
playback em CD,
CD demonstração,
kits de ensaio, entre outros.

2) Pouquíssimos locais oferecem partituras para orquestra.
Alguns songbooks contém pauta musical simplificada.
Por isso, fique atento às propagandas das diversas gravadoras.

3) Verifique se os arranjos vocais e instrumentais são compatíveis
com os talentos e conhecimentos musicais
do coro e orquestra (e/ou banda).
Cantatas incompatíveis com a realidade musical
da Igreja pode gerar experiências desastrosas
ou sérias consequências vocais para os coristas
(como pólipos, nódulos, fendas nas cordas vocais,
para citar os mais comuns).

4) A letra é teologicamente correta e está coerente
com os princípios bíblicos?
Esta é uma pergunta que o regente do
coro (ministro de música) sempre deve fazer
antes de escolher a cantata mais adequada
para a ocasião da apresentação.

5) Uma das questões mais importantes é:
A IGREJA SERÁ MOTIVADA A ADORAR A DEUS?
É triste quando a Igreja torna-se uma mera expectadora.
Por isso, a cantata deve ser envolvente.
Cantatas tornam-se desinteressantes e
cansativas quando a Igreja não é motivada para adorar a Deus.

Lembre-se que Deus deve ser o Guia e o condutor da obra

Playbacks: usar ou não usar - eis a questão:

Playbacks: usar ou não usar - eis a questão:


O ministério de música de várias igrejas já devem ter passado por este tipo de dúvida:
usar ou não usar a música eletrônica
nos cultos através de solos, corais, cantatas e até mesmo louvor?

Mudaria esta questão para quando usar o playback?
Eu mesmo, como regente de vários corais já usei e confesso que ainda uso. Mas antes de tudo, é importante fazer um breve resumo
contando um pouco do que é esse recurso poderoso e instável.

O playback (chamado de solo trax nos Estados Unidos) é uma espécie de karaokê que consiste no ato do artista ou gravadora ceder o instrumental original do CD (que pode ser com vocal ou sem vocal - nos Estados Unidos existe até mesmo solo trax em três tons: normal, um abaixo e um acima do normal e ainda por cima com ou sem vocal).

Mas a coisa não é tão simples quanto parece, pois o playback é extremamente inflexível, ou seja, ou você o segue ou tudo vai por água abaixo.

Diria que o playback é um excelente recurso, em especial para Igrejas pequenas, quando se tem pouco tempo ou até mesmo poucos músicos .

No entanto, o seu uso JAMAIS poderá ser inibidor de desenvolvimento dos talentos dos instrumentistas (daqueles que estudam para melhorar a qualidade do louvor).

Fraternalmente em Cristo,
Charles